Olá leitores (se é que alguém realmente acessa isso aqui)
Bom, que acessa eu sei pois recebi a mesma pergunta de 3 pessoas já: "De onde surgiu a ideia de escrever cartas pra tua filha ler no futuro?"
Pois vamos lá:
Eu sempre amei ler e escrever. Sempre. Desde pequenininha. Quando eu fiquei grávida automaticamente pensei: "Puxa… seria muito legal poder deixar registrado pra esse bebe ler no futuro como é amado, como é querido, como tudo está sendo planejado para a sua chegada.". Então eu comecei um diário.
Inicialmente eu fazia um "diário guiado" (aqui não muito popular - mas nos USA é comum se fazer guided journals). Ganhei de uma boa amiga (de quem eu tenho muita saudade meeeesmo) um diário guiado em inglês que dava pra preencher a cada mês de gravidez como eu estava me sentindo, tamanho e peso do feto, fotos de ecografias, etc etc… e eu comecei a preencher o diário mas… um detalhe: em inglês (pois o diário tinha as perguntas em inglês e eu escrevo bem melhor em inglês do que em português atualmente - coisas da tese e do doutorado)
Aí, eu pensei: e se minha filha resolver que não quer ler por estar em inglês? Daí comprei um caderninho bonitinho e fofo e comecei a escrever em português a mesma coisa. E fiz o caderninho tipo aquelas agendas antigas de adolescente, lembram? Guardando papelzinho, enfeitando com adesivo… (claro, sem exageros, porque é pra fechar sem grande esforço).
Mas eu não estava muito contente pois queria algo ainda diferente pra ela ter no futuro. Aí eu tive a ideia das "cartas para Giovanna". (e também porque depois que ela nasceu eu não tinha o mesmo tempo disponível para escrever a cada descoberta dela… resultou que eu estava começando a deixar muita coisa rascunhada pra escrever depois e acabava não escrevendo.)
Então passei a fazer resumos do crescimento dela através de cartas. Como se eu estivesse contando a ela o que ela faz e como ela se desenvolve. E as cartas (algumas publicadas aqui no blog) eu escrevo todas fru-fru mesmo. Com desenhos, com colorido… escrevo a carta em um papel e colo no diário. Todo mês, religiosamente. Eu apenas espero a consulta do mês com a pediatra pra ter peso e altura dela e depois escrevo. Achei fofo.
Mas confesso: a ideia por trás das cartas resumidas é, no futuro, pegar cada uma das cartas e fazer e uma página de scrap com as fotos acompanhando e colocar num livro mesmo. Pra presenteá-la quando ela for maior (não sei exatamente quando).
Dessa forma meu registro pra ela não é somente virtual como alguns pensam. Eu escrevo as cartas para Gi no papel e depois passo pro blog. E ainda mantenho o diário dela onde anoto coisas em mais detalhes: ex: como é a casa que ela mora, como estava o mundo no dia que ela nasceu (reportagens importantes), como foi o parto, como foi o tempo dela na UTI, como eu me sinto em relação a alguns temas e como a sociedade os vê atualmente (amamentação, etc).
E escrevo tudo mesmo. Sem mascarar sentimentos. O que quero dizer é que não floreio escondendo momentos um pouco menos bons (como a parte do blues puerperal que toda mulher vive em maior ou menor grau). Eu explico a razão dos sentimentos.
Um dia, quando eu tiver mais tempo e mais criatividade e experiência, farei as cartas virarem lindas páginas de scrap (físico ou virtual) que vou imprimir e guardar em forma de livro. Minhas amigas feras em scrap vão ter que me dar aulinhas, viu?).
Então essas cartas que divulgo são só um pouco do que Gi terá de registro. E porque eu as divulgo? Porque acho muito legal esse tipo de "presente" para o filho. Divulgo para inspirar minha amigas mamaes-to-be. Se eu vou divulgar pra sempre? Provavelmente não. Essas primeiras estou divulgando mas a cada dia sinto mais que essas cartas devem ser um momento SÓ meu e dela. Então quando eu achar que não devo mais divulgar pararei. Simples assim.
Respondido?
Beijinhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário