Pode-se dar colo sempre que a criança chorar?
O colo é um jeito inteligente que a natureza inventou de dar ao bebê conforto e amor, do mesmo jeitinho que era dentro do útero. É isso mesmo, quando seguramos um recém-nascido no colo, damos contenção, segurança, calor, e o bebê tem a possibilidade de ouvir bem de pertinho aquele som tão conhecido – o coração da mamãe.
Por isso ele pára de chorar.
O que caracteriza o nascimento de uma criança é o corte do cordão simbiótico, mãe para um lado, bebê para outro. Esse é o parto fisiológico.
Mas a mulher leva um tempo para lidar com isso, para entender que seu filho nasceu, durante algum tempo ainda sente falta da barriga e de estar grávida. Com o bebê é a mesma coisa: ele ainda não sabe que nasceu e leva de 3 a 4 meses para começar a entender que toda vez que chora, a mãe vem de fora para atendê-lo. Sua fantasia inicial é de que ele mesmo "resolve" todos os seus problemas: cada vez que chora, a fome, o frio e a dor vão embora .
Portanto, podemos abusar do colo durante os primeiros meses, até mesmo porque daqui a muito pouco tempo ele vai para o chão brincar e dificilmente retorna ao colo.
Mas segurar seu filho no colo exige técnica, não é de qualquer jeito. Ele precisa estar bem aconchegado, confortável, seguro, mas sem estar apertado, próximo a mãe. É importante que exista o contato olho no olho; o recém-nascido precisa ver a sua mãe, pois é para ela que vai sorrir pela primeira vez e é dela que vai receber seu sorriso de resposta, tão importante para estabelecer sua primeira forma de comunicação que vai determinar sua relação com as pessoas pelo resto da sua vida. Criança que sorri e não recebe o sorriso resposta da mãe, desiste...
Bebê que chora no berço está solicitando ajuda, não necessariamente quer colo, às vezes só uma palavra de conforto, uma mão amiga para tocá-lo....
Dar colo ao seu filho é dar amor. É ensinar a primeira e a mais importante forma de comunicação dos seres humanos: afeto.
Abraçar é aceitar, é uma forma de dizer o quanto ele é bem-vindo, amado e desejado .
Através do colo você pode plantar a semente de um mundo mais compreensivo e humano.
Clarice Skalkowicz Jreissati
Psicóloga
Colo vicia?
Uma das grandes dúvidas dos pais, principalmente os de "primeira viagem", é se o colo pode "viciar" o bebê.
No útero, o contato do bebê com o mundo externo está muito limitado pelo corpo da mãe e ele fica protegido de odores e sons que poderiam lhe ser desagradáveis. Além disso, a temperatura é perfeita: ele não sente frio nem calor; ele não sente fome; não tem cólicas...
Mas, de uma hora para outra, ao nascer, o pequeno é bombardeado por uma variedade de cheiros, barulhos, sensações novas e isso deve ser extremamente desagradável, uma vez que ele precisa sentir-se seguro através do que já lhe é familiar.
Bem, vocês acham que após viver nove meses no calor e segurança do útero, envolvido totalmente por um líquido, o bebê vai achar muito normal dormir num berço, que para ele, com certeza, é enorme e onde ele tem contato com novas texturas, onde tudo é novo e muitas vezes assustador?
Acho que seria natural a consciência de que ele precisa de um tempo para se adaptar ao mundo externo, e isso depende de bebê para bebê, pois cada um é uma pessoa única e especial, com suas necessidades e potencialidades específicas. Creio que também não é difícil perceber que ele vai precisar de todo apoio e segurança que os adultos a sua volta podem oferecer.
Embora tenha como principal forma de comunicação o choro, muitas vezes achamos que ele só pode chorar se estiver com fome, molhado, com frio, com calor... Bem, alguém pode alegar que ele é manhoso, ou seja, está chorando para enganar o adulto e ganhar um "colinho". Não existe bebê manhoso! O bebê ainda não tem a capacidade de mentir e enganar que nós adultos temos. Assim que o bebê se sente em uma situação de angústia, ele usa o único idioma que conhece: o choro. Então, se ele está chorando, é sinal de que alguma coisa não vai bem. Isso não quer dizer apenas na parte fisiológica, como fome ou frio, mas talvez ele tenha ouvido um som ameaçador, como o bater de uma porta, que você, por estar acostumada, nem ouviu. Pode ser ainda que ele sinta saudades da sensação de segurança que o útero lhe proporcionava, e esteja sentindo um pouco de solidão.
Qual a solução?? Colo nele!! Envolva-o nos braços, fale palavras bonitas ao seu ouvido, cante uma canção, explique que tudo está bem, que você está presente e que se importa com ele. Ele vai adorar e retribuir, creia nisso.
O bebê é um excelente ouvinte e adora uma boa conversa. Bastam algumas palavras de amor e apreço para que esse ser tão especial aceite-nos como amigos e confie em nosso acolhimento.
Pense no bebê como alguém que acabou de chegar de uma viagem muito desgastante, que está confuso e preocupado em saber se vai conseguir se adaptar, encontrar amigos, ser aceito. O colo seria para o bebê como uma afirmação de que ele pode contar com aquela pessoa. O colo é uma declaração de amor e amizade. É como chegar para um amigo adulto e dizer: "pode contar comigo quanto precisar. Eu estou aqui."
Se você não precisa saber que pode contar com as pessoas que ama, o bebê também não precisa de colo. Se ter bons amigos pode se tornar um vício, o colo também pode.
Extraído do site:
http://www.meubebezinho.com.br/seufilho031020a.shtml
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Carta para Giovanna - Mês 1
Querida Giovanna,
Hoje você faz 1 mês de vida! Estamos muito felizes!

Pois é, filhota… chegamos até aqui. Mas o começo foi complicado… Você com dois dias de vida foi para a UTI e lá permaneceu por 9 dias… (engasgou e ficou roxa e molinha, tadinha). Nesses 9 dias eu e papai não saímos do teu ladinho. A gente ia todos os dias te ver na incubadora e te dar mamá. Papai te segurava para arrotar… mas as tias e tios da UTI te cuidaram muito bem e eles eram muito carinhosos quando mamãe e papai não podiam ficar contigo. Na UTI você começou na sala 2 (tratamento intensivo - 3 dias) e depois foi para a sala 4 (semi-intensivo - 5 dias) e por último foi pro bercinho na sala 5 (pré-alta e adaptação para vida fora da incubadora - 1 dia).
No dia da tua alta mamãe ainda estava muito nervosa pois tinha medo que você fizesse quedinhas de saturação e as bradicardias em casa. E também medo dos engasgos… Mamãe fez um "treinamento" com os tios e tias lá antes de te trazer pra casa. E, no bercinho, mamãe teve a oportunidade de trocar tuas fraldinhas, dar banho, limpar o coto e todas as coisas que eu e papai queríamos ter feito em casa desde o começo. Tios e tias foram muito queridos nos dando essa oportunidade quando estavas na pre-alta. No fim de tudo isso eu e papai ficamos muito felizes pois você chegou em casa numa sexta-feira e no domingo era o dia dos pais. Papai te curtiu muito no dia dele!
No decorrer do mês aprendemos a cuidar de você - pelo menos um pouquinho. Eu pude trocar suas fraldinhas, da banho e fazer todas essas coisas de nenê. Pude dar mamá e tudo no aconchego da nossa casinha.
E você é um doce! Já percebi que tens uma personalidade forte pelo seu jeitinho de reclamar quando alguma coisa desagrada… mas você é muito carinhosa! Por enquanto tem olhos bem azuis e cabelinho claro parecido com o da mamãe.
Eu e seu pai já notamos algumas peculiaridades suas… você adora mamar e detesta ficar na posição do ombro para arrotar. Aliás, sobre o mamá… você fica mamando por mais de 40 minutos filhotinha. É super gulosa! E a mamãe fica impressionada pois você mama mesmo e não faz manha. Aprendeu a pega já na primeira semana e tem mamado super bem!
E você nos olha com muita ternura. E isso nos derrete!! :D
Agora, após 1 mês, já conseguimos notar como você vem se desenvolvendo a cada dia e estamos ansiosos pela primeira risadinha e todas as outras alegrias que você tem pra nos dar.
Te amo muito filhota!
Hoje você faz 1 mês de vida! Estamos muito felizes!

Pois é, filhota… chegamos até aqui. Mas o começo foi complicado… Você com dois dias de vida foi para a UTI e lá permaneceu por 9 dias… (engasgou e ficou roxa e molinha, tadinha). Nesses 9 dias eu e papai não saímos do teu ladinho. A gente ia todos os dias te ver na incubadora e te dar mamá. Papai te segurava para arrotar… mas as tias e tios da UTI te cuidaram muito bem e eles eram muito carinhosos quando mamãe e papai não podiam ficar contigo. Na UTI você começou na sala 2 (tratamento intensivo - 3 dias) e depois foi para a sala 4 (semi-intensivo - 5 dias) e por último foi pro bercinho na sala 5 (pré-alta e adaptação para vida fora da incubadora - 1 dia).
No dia da tua alta mamãe ainda estava muito nervosa pois tinha medo que você fizesse quedinhas de saturação e as bradicardias em casa. E também medo dos engasgos… Mamãe fez um "treinamento" com os tios e tias lá antes de te trazer pra casa. E, no bercinho, mamãe teve a oportunidade de trocar tuas fraldinhas, dar banho, limpar o coto e todas as coisas que eu e papai queríamos ter feito em casa desde o começo. Tios e tias foram muito queridos nos dando essa oportunidade quando estavas na pre-alta. No fim de tudo isso eu e papai ficamos muito felizes pois você chegou em casa numa sexta-feira e no domingo era o dia dos pais. Papai te curtiu muito no dia dele!
No decorrer do mês aprendemos a cuidar de você - pelo menos um pouquinho. Eu pude trocar suas fraldinhas, da banho e fazer todas essas coisas de nenê. Pude dar mamá e tudo no aconchego da nossa casinha.
E você é um doce! Já percebi que tens uma personalidade forte pelo seu jeitinho de reclamar quando alguma coisa desagrada… mas você é muito carinhosa! Por enquanto tem olhos bem azuis e cabelinho claro parecido com o da mamãe.
Eu e seu pai já notamos algumas peculiaridades suas… você adora mamar e detesta ficar na posição do ombro para arrotar. Aliás, sobre o mamá… você fica mamando por mais de 40 minutos filhotinha. É super gulosa! E a mamãe fica impressionada pois você mama mesmo e não faz manha. Aprendeu a pega já na primeira semana e tem mamado super bem!
E você nos olha com muita ternura. E isso nos derrete!! :D
Agora, após 1 mês, já conseguimos notar como você vem se desenvolvendo a cada dia e estamos ansiosos pela primeira risadinha e todas as outras alegrias que você tem pra nos dar.
Te amo muito filhota!
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